Direção automotiva: conheça os 4 tipos e quais modelos comprar
Se você tem dificuldades de manobrar em vagas pequenas ou mesmo no trânsito, saiba que dirigir um automóvel já foi muito mais difícil. Pode parecer muito tempo, mas os carros já passaram por cerca de 200 anos em evolução até chegar ao que conhecemos hoje.
De acordo com a necessidade dos consumidores, novas tecnologias foram criadas, melhorando (e muito) o que chamamos de dirigibilidade. Saiba mais no nosso guia sobre a evolução dos automóveis.
Neste artigo, vamos te explicar as diferenças entre os quatro tipos de direção automotiva e quais modelos usam esses sistemas.
1. Direção mecânica
A direção mecânica inaugurou o uso do volante e ainda está presente em muitos carros populares. Antes dessa invenção, o movimento dos automóveis era determinado por uma alavanca, cujo comando era inverso à direção desejada. Ou seja, para virar à direita, era necessário mover a alavanca para a esquerda.
A característica mais marcante da direção mecânica é o volante pesado, que não conta com nenhum tipo de assistência. Como consequência, esses carros exigem mais força para manobrar e acabam se tornando a última opção para aqueles motoristas que preferem ter mais praticidade e conforto. Por outro lado, a simplicidade leva ao baixo custo tanto no valor de aquisição, quanto de manutenção e troca de peças.
Esse sistema funciona da seguinte forma: ao girar o volante, o movimento passa para a caixa de direção, através da coluna, e é levada em seguida para os braços de direção. Só então o comando chega até as rodas, realizando o movimento do veículo. Sinais de trepidação ou folgas no volante indicam a necessidade de manutenção.
Alguns modelos
1. Fiat Mobi Easy
2. Fiat Strada Working
3. Volkswagen Saveiro Robust
2. Direção hidráulica
A tecnologia da direção hidráulica chegou ao Brasil em 1967, com o lançamento do Ford Galaxie nacional. Como o próprio nome já diz, esse sistema usa um fluido como um recurso para reduzir em até 80% o esforço feito pelo motorista ao girar o volante.
Por tornar a direção muito mais leve, diversos motoristas colocam esse recurso como um pré-requisito na hora de escolher seu carro. No entanto, esse tipo de direção pode aumentar o consumo de combustível e reduzir a potência do motor em cerca de três a quatro cavalos. Para veículos menos potentes, essa perda pode ser significativa.
Esse sistema tem alguns componentes a mais do que a direção mecânica. Quando o motor é ligado, correias e polias acionam a bomba hidráulica e o fluido é pressurizado. Esse líquido é então levado à válvula de rotação, que o distribui entre os pistões, auxiliando no movimento das rodas.
Para evitar problemas, é preciso fazer a revisão periódica, verificando o nível do fluido e se não há vazamentos. A troca do óleo deve ser feita a cada 50 mil quilômetros.
Alguns modelos
1. Fiat Mobi Like
2. Fiat Uno Attractive
3. Fiat Grand Siena
4. Ford Ka
5. Volkswagen Gol
6. Hyundai HB20
7. Renault Sandero
8. Volkswagen Fox
9. Volkswagen Voyage
10. Volkswagen Up
3. Direção elétrica
Nem todo mundo vê vantagens na direção hidráulica, por isso foi criada uma alternativa que dispensa o uso de fluido ou bomba hidráulica. O primeiro modelo a utilizar esse sistema foi o Suzuki Cervo, em 1988. A direção elétrica utiliza sensores que observam o posicionamento do volante e das rodas, além de calcular a força e a velocidade aplicadas.
Por meio de uma central eletrônica, esses dados são interpretados e um comando é enviado ao motor elétrico que realiza a força necessária para girar as rodas. Toda essa tecnologia, porém, exige custos elevados tanto de aquisição quanto de manutenção. Por outro lado, não há consumo extra de combustível nem perda de potência.
Caso haja pane elétrica, o volante volta a ser pesado como em uma direção manual. Fique atento aos sensores e às indicações do manual do veículo para saber quando há necessidade de realizar uma revisão ou manutenção.
Alguns modelos
1. Renault Kwid
2. Ford Ka Sense
3. Hyundai HB20
4. Fiat Argo
5. Fiat Uno
6. Fiat Grand Siena
7. Chevrolet Onix
8. Jeep Renegade
9. Jeep Compass
10. Toyota Etios
11. Nissan Versa
12. Volkswagen Fox
4. Direção eletro-hidráulica
Já a direção eletro-hidráulica combina os dois modelos anteriores, criando uma quarta solução. Apesar dessa tecnologia ter um custo de aquisição mais elevado, vale a pena avaliar seus benefícios.
Esse sistema tem um funcionamento semelhante à direção hidráulica, mas possui a vantagem de reduzir os custos com a troca de peças e mão de obra, além de melhorar o desempenho. Neste modelo, a bomba hidráulica é acionada pelo motor elétrico, eliminando o gasto com combustível e a perda de potência.
Com este sistema, é necessário ficar de olho no nível do olho e nas possibilidades de vazamento ou problemas nos sensores.
Alguns modelos
1. Renault Logan
2. Renault Sandero Vibe
Agora que você já entendeu as diferenças entre os quatro tipos de direção automotiva, conheça os tipos de câmbio.