Porque o carro seminovo desvaloriza menos
Quando compramos um veículo, seja ele novo ou usado, uma das grandes preocupações é a desvalorização. Afinal, o carro não deixa de ser um investimento e é interessante termos um bom retorno quando decidimos vender ou trocar por outro.
Por isso, ao comprar um veículo seminovo, é interessante observar não apenas a marca, o modelo, o ano e seu estado de conservação. Também é importante observar o quanto esse carro vem desvalorizando ao longo do tempo.
Por que ocorre a desvalorização do veículo?
Comprar um carro zero não é o mesmo que comprar um imóvel. A partir do momento que o carro saiu da concessionária, ele já desvaloriza cerca de 10%. Nos primeiros dois anos, a perda de valor do automóvel no mercado é maior, podendo variar entre 20% e 30% em caso de veículos nacionais. Já os carros importados sofrem ainda mais, podendo perder cerca de 50% do seu valor.
No entanto, depois desse período, quando o carro é considerado seminovo, a tendência é haver uma estabilidade da taxa de desvalorização. Ou seja, quando se compra um carro seminovo é mais provável que o valor da revenda seja mais próximo do valor da compra, ao contrário do carro 0 km.
No entanto, para que isso de fato aconteça, há alguns fatores que devem ser observados antes da compra e durante o uso do seu seminovo. Tanto a escolha do veículo quanto a forma como ele é cuidado interferem no valor da revenda.
Confira 5 fatores que interferem na desvalorização do veículo.
1. Popularidade
Carros mais populares tendem a perder menos valor no mercado, pois são mais desejados pelos consumidores. Essa popularidade pode se dever ao modelo ou à marca, por exemplo.
Em compensação, automóveis como caminhonetes e SUVs costumam ser revendidos por um valor menor. Isso acontece porque esses veículos possuem características específicas e seu público é mais limitado.
2. Nacionalidade
Como você já viu, carros nacionais tendem a desvalorizar menos e, consequentemente, sua popularidade também é maior. Isso acontece porque quando adquirimos um veículo cujas montadoras são nacionais, é mais fácil encontrar peças de reposição, ainda que o modelo tenha saído de linha.
Já quando se trata de veículos importados, a substituição de peças se torna não só mais difícil, como também mais cara e demorada.
3. Obsolescência
A tecnologia que o carro apresenta também conta muito na hora da precificação. Hoje em dia, quanto mais recursos e acessórios o veículo tiver, mais interessante e mais valorizado ele será.
Ultimamente, a maioria dos compradores têm buscado por veículos que incluem ar condicionado, travas elétricas, direção hidráulica, sistemas de freio ABS e airbag - que já são obrigatórios por lei em veículos recentes -, entre outros.
Adquirir um carro com esses recursos hoje leva a maiores chances de revenda no futuro.
4. Tempo de fabricação e quilometragem
É claro que não podemos deixar de comentar sobre o ano de fabricação e quilometragem. Pela lógica, quanto mais velho e rodado for o veículo, mais ele necessitará de reparos, gerando gastos. Esse desgaste pode acontecer pelo tempo e condições de uso.
No entanto, se o seminovo é bem conservado pelo proprietário e tem as revisões em dia, dificilmente ele apresentará problemas mecânicos. Ou quando apresentar será fácil corrigi-los, já que o proprietário cuidadoso não irá esperar que o problema se agrave para então dar atenção e levar ao mecânico.
Quando o proprietário toma esses cuidados, o seminovo pode perder menos valor na revenda.
5. Histórico de acidentes
Um carro que sofreu com acidentes, enchentes e alagamentos também tende a desvalorizar. Isso acontece porque mesmo que o automóvel passe por manutenção, dificilmente as características originais serão recuperadas. Além disso, é possível que o automóvel permaneça com alguma falha mecânica.
Por isso, quanto mais cuidadoso for o proprietário, maiores as chances de evitar acidentes e a desvalorização. Além, é claro, de preservar a própria vida e a dos passageiros.
Como observar a desvalorização dos carros?
Para observar como determinado carro tem se comportado no mercado nos últimos meses e anos, é possível checar a Tabela Fipe. Embora a tabela seja uma referência, ela informa os valores médios de cada veículo no mercado, permitindo ter uma noção.
Essa lista é atualizada mensalmente, mas não considera informações como quilometragem, estado de conservação e demais variáveis comentadas nesse post. Por isso, após adquirir seu veículo seminovo, continue cuidando bem dele!
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